CAMPANHA #SOSAutismo

Talvez você tenha lido o título desse post e pensado “afff… mais uma campanha”. E pensou certo. Sim, mais uma campanha. Infelizmente, é só através de campanhas e manifestações que nossos representantes públicos olham para nós (e às vezes nem assim). É através das campanhas que gritamos “ei mocinhos, vamos trabalhar um pouco?”

Imaginem a situação: sou telefonista. Meu chefe chega na minha sala e o telefone está tocando sem parar. Ele pede para eu atender o telefone. Eu digo não. Então ele pergunta quando estarei disponível para nos reunirmos, para me fazer uma proposta para eu atender o telefone. Eu digo que vou pensar e quando tiver um tempo o aviso. Ele sai da minha sala, eu continuo sem atender, continuo recebendo meu salário e o telefone continua tocando.

Achou essa situação absurda? Pois é o que acontece todo dia aqui no Brasil. Existem as leis. O DEVER de nossos representantes políticos é fazer com que as leis sejam cumpridas. Seria o “atender o telefone” da telefonista. Básico do básico. Mas o que acontece na realidade? Nós, como população, “contratamos” os nossos políticos através do voto, e depois temos que implorar para eles cumprirem com suas obrigações.

Essa campanha é mais uma tentativa de chamar a atenção para o autismo. Ele existe. Faça uma pesquisa rápida sobre quantos autistas tem no seu município. Vocês ficarão surpresos quando descobrirem o número. Já falei sobre Inclusão Escolar  e sobre um importante projeto de lei esquecido na gaveta do senador Eduardo Amorim em Papo Sério: PL 212/2013. A Campanha #SOSAutismo visa tratamento. No Brasil, 90% dos autistas não tem tratamento. Sim, você leu certinho… NOVENTA POR CENTO!!!!!! Temos leis que garantem vários direitos, mas que não saíram do papel. O SUS joga o autista para o CAPS. Vou explicar brevemente o problema disso.

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um local de referência e tratamento do SUS para pessoas que sofrem de transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência em um dispositivo de atenção diária. O autismo não é nada disso. Mas… como precisa de atenção, vamos colocar os autistas no CAPS! (ironia). A pessoa com autismo precisa de médicos e terapeutas especializados em… AUTISMO, ÓBVIO! Não é porque a pessoa se formou em psicologia que é um psicólogo que saiba tratar um autista. O mesmo acontece com o fono, neuro, psiquiatra, terapeuta ocupacional, nutricionista, etc. Ou seja: precisamos de um centro de tratamento especializado em AUTISMO. As ONG’s, como o Projeto Amplitude, que salvam algumas pessoas com autismo do esquecimento total, não dão conta da demanda. Estamos abandonados, à mercê da boa vontade dos nossos representantes.

Época de eleição é o período dos candidatos distribuírem seus “currículos”. Nos convencer de que farão o melhor para a população. Se você é candidato a algum cargo elegível através do voto popular, vou dar uma dica: olhe para a pessoa com autismo. Atrás dessa pessoa, tem a família, amigos, profissionais que apoiam a causa. Faça uma continha básica e calcule quantos votos você pode conseguir. Depois de eleito, cumpra com sua palavra, e terá um eleitorado fiel para toda sua jornada política.

Você, meu amigo de luta, simpatizante da nossa causa, propaguem essa mensagem. Nossa esperança é que chegue aos ouvidos de pessoas que realmente são comprometidas com o trabalho (elas existem sim) e, mais que isso, comprometidas com o bem estar social. São pessoas inteligentes e com noção de humanidade! Clique aqui e conheça a página no facebook: Campanha #SOSAutismo.

Até a próxima!

Abraço azul!

2 comentários Adicione o seu

  1. Odilar Júnior disse:

    Muito bem, Karine. Utilizando o blog para utilidade pública. Meus parabéns.

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    1. Karine Rocha disse:

      Obrigada maninho!!!!

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